Acadêmicos questionam estrutura de curso com mensalidade de R$ 14,5 mil

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Com desembolso mensal de R$ 14,5 mil, acadêmicos de Medicina da Uniderp, em Campo Grande, fizeram protesto esta manhã contra as condições estruturais do curso e falta de professores para atender a grande demanda.

Pelo menos 70 acadêmicos estão bloqueando a entrada do portão da Rua Nova Era e dizem que somente vão sair do local se forem recebidos pela coordenação do curso.

Os alunos estão com cartazes em que reclamam da infraestrutura e dos valores pagos pela mensalidade. Uma lista foi passada e tem cerca de 200 assinaturas já que muitos passaram, mas não ficaram no local.

A acadêmica Fernanda Marques, 33 anos, do 4º semestre, diz que os alunos estão reivindicando melhorias há pelo menos dois anos.

Fernanda diz que o reajuste feito no segundo semestre de cada ano (para alunos que cursam os períodos pares) deveria ser revertido em melhorias nos laboratórios, estrutura e corpo docente, mas não é o que acontece. “A gente paga 15 mil e não tem nem item básico de higiene no banheiro”, reclamou a acadêmica.

Os alunos enviaram imagens do prédio do curso com infiltração, banheiro sem cesta de papel e portas enferrujadas. Também mostram que o slide não acompanha o que está no iPad e, por isso, professores recorrem a PDF, prejudicando aula.

“É exorbitante”, diz João Lucas Belido, 19 anos, do 4º semestre. Há dois anos, quando entrou no curso, pagava R$ 10 mil e, agora, o desembolso é de R$ 14,5 mil.

No manifesto entregue na coordenadoria, os alunos pedem que a mensalidade seja ajustada de forma compatível à estrutura oferecida, mas não chegaram a definir valor. Também pedem melhoria nos laboratórios, reparo ou troca dos projetores, computadores atualizados, revisão da dívida do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), rede Wi-Fi de qualidade e até canetas para sala de tutoria.

Outro lado

Sobre a crítica dos acadêmicos, a Uniderp informa que cumpre a legislação federal Lei n° 9.870/99, que regulamenta o reajuste anual das mensalidades escolares considerando as variações de custo de suas operações escolares, o que estaria bem perto  dos valores de 2017 para o curso de Medicina.

“Referente ao FIES, a situação foi decidida em juízo, comprovando que a Uniderp cumpre a legislação estabelecida pelo Governo Federal e cobra adequadamente os valores previstos. No entanto, a instituição está à disposição para discutir individualmente cada caso”, informa em nota.

A universidade garante que segue com obras de expansão e modernização que devem ser entregues em 15 de abril, e afirma que “com relação às questões estruturais, a instituição esclarece que oferece todo o suporte necessário e que já reviu seus procedimentos internos para resguardar que sempre haja insumos para a execução das práticas.”

Também assegura que a “quantidade de alunos admitidos segue autorização do Ministério da Educação, acrescida de vagas remanescentes de alunos desistentes ou transferidos no decorrer do curso. Por fim, a Uniderp ressalta que os alunos não procuraram a unidade com as reivindicações, a instituição se mantém aberta ao diálogo com o corpo discente e tem o compromisso assumido de manter a melhoria contínua da universidade, que conta com uma das maiores estruturas do Estado”.

Fonte: Campo Grande News

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