Descoberta em MS, espécie tem reprodução inédita no Bioparque Pantanal

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O tetra de cauda vermelha, uma espécie de peixe, foi descoberto há pouco mais de dois anos em um afluente do Rio Corrientes, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ele foi introduzido no Bioparque Pantanal e, para surpresa de todos, registrou uma inédita reprodução.

Segundo o biólogo e curador do Bioparque, Heriberto Gimenes Junior essa espécie de lambari tem um potencial ornamental muito grande e foi a primeira a ser reproduzida dentro do complexo, no tanque Veredas, o primeiro tanque a ser habitado por peixes desde a inauguração do espaço, em março deste ano.

Um dos fatores que levou a reprodução foi o estresse provocado pelo transporte até o local. “Quando as matrizes estão prontas para reprodução, principalmente esse gênero de lambari, algum estresse pode provocar a reprodução, então provavelmente essa transferência provocou esse estresse neles e quando chegaram aqui desovaram”, explicou o curador que ainda citou outros fatores que também podem ter contribuído para o nascimento de filhotes, como a mudança de temperatura e parâmetros da água.

Entre as principais características da espécie estão o tamanho, que pode variar entre 5 a 13 centímetros e a cor do corpo que pode variar do prateado ao verde oliváceo. Já as nadadeiras podem ser da cor laranja ou vermelha.

Relevância – Apesar de já existir há milhares de anos, sua descoberta tem um grande valor para a ciência. Para Heriberto a reprodução do Tetra de cauda vermelha em um aquário contribui para sua preservação.

“Ela veio de um lugar restrito, um rio que sofre muito impacto com relação a cana, a soja e o gado. A tendência é que esse rio sofra muito com o desmatamento e provavelmente quando o rio é prejudicado, as espécies que ali estão, também são prejudicadas, pois perdem a proteção e a mata ciliar”, explicou.

Um problema também enfrentado pela degradação do ambiente é a falta de alimento e qualidade da água que prejudicam os diferentes animais do ambiente.

O biólogo destacou que a principal função de um aquário é a preservação, sendo assim a reprodução acontecer dentro dele é um ganho importante para a ciência. “Será possível entender como eles reproduzem, quantos filhotes nascem, qual o ciclo, quanto tempo demora para eclodir o ovo, quanto tempo demora para o filhote chegar na fase adulta. Isso pode vir a se tornar uma política de conservação para preservação da espécie”, concluiu.

Outras reproduções – Filhotes de outras sete espécies nasceram no Bioparque Pantanal e ajudam a fortalecer o povoamento do espaço que recebe visitas diárias.

É o caso do Ciclídio africano, no tanque que representa o continente africano; Raibowfih, tanque Lagoa australiana; Joaninha, tanque Terras alagadas; Lambari, tanque Baía (parte externa); Ciclídio anão, tanque Planície de inundação seca; Severo, tanque América – Amazônia submersa e Acará bandido, no tanque América (Amazônia submersa).

Fonte: Campo Grande News

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