Mesmo fora de época, população encontra muitos escorpiões e médico faz alerta

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O verão é a estação em que mais aparecem os escorpiões, pois é justamente nessa época que eles têm seu período maior de reprodução. Entretanto, em algumas regiões da Capital, até fora de época o animal persiste em aparecer nas residências. De acordo o médico toxicológico Sandro Benites, do Civitox – Centro Integrado de Vigilância Toxicológica, é importante conscientizar a população de como prevenir a aparição do animal e, principalmente de como agir, caso apareça um escorpião em casa, ou alguém seja picado.

O médico toxicológico, que ministra palestras sobre o assunto nas cidades do Estado, disse ser relevante conversar com a população sobre a atual problemática.

“O escorpião é a principal causa de morte por intoxicação de animais peçonhentos no Brasil, hoje em dia. Os registros alarmantes de casos nos preocupam em conscientizar a todos dos graves riscos causados por eles”, ressaltou Dr. Sandro Benites.

De acordo com orientações do médico toxicológico, ao ser picado por um escorpião, a primeira coisa a se fazer é lavar a região com água e sabão. Posteriormente, é necessário acionar a equipe de emergência para receber atendimento médico.

“O alerta principal para esses acidentes aponta para as crianças, as principais possíveis vítimas letais do veneno do escorpião, tendo em vista que devido à massa corpórea, o veneno se espalha de forma mais rápida na corrente sanguínea”, explicou.

Andria Quadros, de 19 anos, que mora com os pais e a irmã mais nova, no bairro Santa Carmélia, desde 2020 no começo da pandemia, já perdeu as contas de quantos escorpiões encontraram em casa.

“Desde que nos mudamos, teve uma época que achávamos vários em um curto período de tempo, mas hoje em dia não muito. Observamos uma melhora, mas mesmo assim, criamos o costume de todos os dias verificar a casa, para ver se achamos algum escondido. Olhamos no quintal, na sala, e principalmente nos quartos” disse.

‘Colecionando’ o animal em potes de vidro com álcool, a jovem mostrou ao JD1 como a família conserva os animais já capturados pelo seu pai na residência, durante os poucos anos em que moram no local.

“Minha irmã já foi picada por um escorpião, na região da perna, enquanto dormia no quarto. Foi um susto, porque dói muito, segunda ela, e por ser muito perigoso também. Graças a Deus, ela ficou bem, e ninguém mais foi picado até hoje.”

Outro relato foi em Paranaíba, onde a cachorrinha Sophi, de 9 anos, foi picada na região da barriga e precisou ser socorrida às pressas.

“Cheguei em casa e percebi que ela estava reclamando de dor, e lambendo a região em que foi picada”, contou Laura Maria, que logo após encontrou o escorpião na residência.

Apresentando reações pelo corpo, como na parte dos olhos, devido ao veneno do animal, Sophi foi socorrida imediatamente. “Ainda bem que corremos com ela para o veterinário, assim que encontramos o escorpião em casa. Se tivéssemos demorado para a socorrer, acredito que ela não teria resistido”. A cachorrinha Sophi passa bem, mas ficou com sequelas na região dos olhos e com diabetes.

Casos em MS

Em Mato Grosso do Sul, três casos foram registrados recente. O primeiro foi uma menina, de 3 anos, que morreu após ser picada por um escorpião em Paranaíba, enquanto brincava no quintal de casa. O outro caso foi em Cassilândia, onde um menino, de 7 anos, também foi picado pelo animal e encaminhado para a Capital, onde não resistiu.

Já no último domingo (15), mais uma ocorrência envolvendo escorpião no Estado foi registrada. Uma criança de 9 anos foi picada pelo animal, no município de Três Lagoas. O menino precisou ser encaminhado para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, onde está internado desde o último domingo (15). A criança passa bem.

“Essas regiões onde vemos registros de casos, já foi tomada por um dos escorpiões mais venenosos do mundo, o Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), que tem uma reprodução mais eficiente, a qual a fêmea se autorreproduz, não precisando do macho. A capacitação de treinamento tem sua importância em decorrência disso; é importante fazer o treinamento para evitar novos óbitos”, finalizou o médico.

De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Mato Grosso do Sul já registrou 1.107 ataques de escorpiões em 118 dias, média de nove ataques diariamente.

Fonte: JD1 Notícias

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