Chegada de frente fria reduz progressão de incêndios no Pantanal do Mato Grosso do Sul

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SOROCABA – A chegada de uma frente fria ao estado reduziu o ritmo no avanço dos incêndios que há mais de uma semana atingem a região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Embora as pancadas de chuva que caíram na capital, Campo Grande, não tenham atingido a região pantaneira, a temperatura caiu e a umidade relativa do ar aumentou, tornando as condições menos propícias para a propagação das chamas, segundo o Corpo de Bombeiros do Estado.

Nesta terça-feira, 12, as equipes combatiam focos no município de Corumbá e na região de Porto Murtinho, já na fronteira com a Bolívia. Em Corumbá, à tarde, a temperatura havia caído para 24 graus – nos dias anteriores ficou acima de 30.

Com as chamas altas controladas, as equipes continuavam combatendo o fogo de turfa (incêndio rasteiro que atinge o subsolo) na região do Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, entre os municípios de Aquidauana e Corumbá. Duas guarnições de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros Militar atuavam na região, com apoio de brigadas locais. Conforme o Instituto SOS Pantanal, dos 78 mil hectares da reserva, ao menos 10 mil foram atingidos pelas chamas dos últimos dias. O parque abriga espécies ameaçadas, como a onça-pintada.

Em outra frente, já em Porto Murtinho, os bombeiros usaram técnicas de aceiro negro (fogo contra fogo) para impedir o avanço das chamas. Desde a sexta-feira, 8, as queimadas avançaram em mais 4 mil hectares de matas e várzeas secas do Pantanal Sul, totalizando 32 mil hectares queimados desde o início do mês. A região seca vai de maio ao final de setembro na região. A previsão para este ano é de que as chuvas, que normalmente ocorrem em outubro, só venham em novembro. Com isso, a temporada de incêndios florestais pode se estender até outubro.

Conforme o SOS Pantanal, nos últimos anos, a partir do monitoramento climático, diversos pesquisadores constataram uma redução de pluviosidade no bioma, ou seja, a quantidade de chuva dentro do Pantanal diminuiu. Este resultado, além de trazer um desequilíbrio nas interações ambientais, também aumentou a quantidade de vegetação seca no meio-ambiente, o que pode tornar o ambiente muito mais propício aos incêndios.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a 11 de junho deste ano, o bioma registrou 694 focos de incêndios, superando os 664 focos do mesmo período do ano passado. Os números incluem o Pantanal Norte, em Mato Grosso, estado que abriga cerca de 35% do bioma. A quantidade de focos este ano ainda está longe de atingir a registrada em 2020, quando o Pantanal teve seu pior ano, com 2.767 queimadas em igual período.

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