Com pacote eleitoral, Bolsonaro reduz reprovação, mas ainda é ruim ou péssimo para 37,2%

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem conseguindo reduzir a reprovação do eleitorado de Mato Grosso do Sul com o pacote eleitoral, com a adoção de medidas para agradar o eleitor e reforçar a campanha pela reeleição. No entanto, conforme pesquisa do IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisas), a maioria, 37,2%, ainda o considera ruim ou péssimo, enquanto 33,7% o avaliam como bom ou ótimo.

Nos últimos três meses, houve queda de 4,4 pontos percentuais na avaliação negativa de Bolsonaro, enquanto a positiva subiu 2,9 pontos. Apesar do índice negativo superar o positivo, o presidente abriu vantagem sobre o principal adversário na disputa da presidência da República ao garantir 38% contra 33,10% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Realizada com 2,5 mil eleitores de 8 a 13 deste mês, a pesquisa do IBP tem margem de erro de 2% para mais ou menos e nível de confiança de 95%. Os números do registro na Justiça Eleitoral são MS-07751/2022 e BR-04516/2022.

Neste mês, conforme o IBP, 37,20% dos sul-mato-grossenses avaliam Bolsonaro como ruim ou péssimo. O índice está em queda desde maio, quando era de 41,60%. Em junho deste ano, a avaliação negativa somava 40,50%.

Já a avaliação positiva fez o caminho inverso. Em maio, 30,80% avaliam o presidente como bom ou ótimo. Esse índice foi para 32,50% no mês passado, chegando a 33,7% neste mês. A avaliação regular está em 26,30% em julho, contra 24,60% em junho e 25,20% em maio deste ano.

Bolsonaro começou a sentir os efeitos da economia na avaliação. Desde o início do ano, os preços dos combustíveis, como gasolina, óleo diesel e gás de cozinha vinham subindo todo mês. Para mudar o cenário, ele trocou três presidentes da Petrobras. O último teria concordado com um pacto de não anunciar novos reajustes até as eleições deste ano.

Com pacote eleitoral, Bolsonaro reduz reprovação, mas ainda é ruim ou péssimo para 37,2%

O Congresso Nacional acabou ajudando o presidente no esforço ao aprovar uma série de medidas eleitoreiras. Para reduzir o preço da gasolina, Bolsonaro zerou a cobrança de tributos federais até o fim deste ano. Além disso, os deputados e senadores tiraram recursos da saúde, educação e dos municípios ao limitar em 17% a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, energia e telecomunicações.

Os combustíveis começaram a ter redução desde o início deste mês e ajudaram a melhorar o humor do eleitorado com o presidente da República. Bolsonaro ainda pretende elevar o valor do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, de R$ 400 para R$ 600 e vai pagar um auxílio de R$ 1 mil por mês aos caminhoneiros até o fim do ano. O objetivo é minimizar o impacto do aumento do diesel, que subiu 170% nos últimos meses, e não mexer no lucro astronômico da Petrobras.

Os números também refletem a visita de Bolsonaro à Capital, onde participou da entrega de 300 apartamentos no Residencial Canguru e participou de uma motociata com a participação de mil motociclistas no dia 30 de junho deste ano.

Fonte: O Jacaré

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