MPMS investiga página nas redes sociais acusada de ato racista contra nordestinos após 1º turno das eleições

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga, junto às policias Civil e Federal, uma página nas redes sociais acusada de racismo contra nordestinos após o 1º turno das eleições.

A postagem, de cunho racista, foi feita por uma página que se diz ser de “humor”, em Dourados (MS). No post, foi escrito: o “Nordeste merece voltar a carregar água em balde mesmo. Aí depois vem esse bando de ‘cabeça redonda de bagre’ procurar emprego nas cidades grande”.

Após a primeira postagem, outros internautas comentaram, de forma ofensiva. “EEE Nordeste, você ainda vai comer muita farinha com água para não morrer de fome”, escreveu um seguidor da página no post.https://7179c6707a0ce7cb0677f60c79ea9276.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Denúncia e investigações

Segundo o promotor João Linhares, que fez a denúncia, os ataques começaram após iniciar a apuração das urnas no Nordeste, quando o candidato Lula (PT) abriu vantagem na disputa contra Bolsonaro (PL).

“Chegaram até mim muitas informações de racismo sendo cometidas contra nordestinos. Especialmente nas redes sociais, portanto registrei a prova desses fatos e encaminhei à Polícia Federal e também à Polícia Civil para eventual responsabilização dos autores. O racismo é intolerável, um abominável e desprezível”, afirmou Linhares.

O caso segue em investigação pela Polícia Federal. Até o momento nenhum responsável pelo ataque foi detido.

“O crime de racismo é imprescritível, inafiançável e quem o proclama está sujeito a uma pena de 2 a 5 anos de reclusão, conforme o crime previsto em lei. Nós somos todos brasileiros, temos que estar irmanados em busca do desenvolvimento, da inclusão social, com tolerância, com democracia, com paz e com respeito recíproco. O Ministério Público está atento ao cometimento desses delitos e os reprimira sempre que constatar sua existência”, finalizou o promotor.

Página excluída

Depois da denúncia de Linhares, a página de “humor” foi excluída pela própria rede social.

Em nota, a META, empresa dona da rede social Facebook, afirmou ter identificado diversos conteúdos racistas desde a eleição e que possui uma equipe para combater esse tipo de crime.

Confira a nota na íntegra:

“Desde domingo, antes mesmo do fim da apuração dos votos, estamos trabalhando para detectar e remover das nossas plataformas discurso de ódio contra a população do Nordeste, conteúdos que violam as nossas políticas. Devido à escala dos nossos serviços, proibir determinados conteúdos não significa incidência zero. Estamos comprometidos a reduzir a prevalência de conteúdos violadores e seguiremos aprimorando a aplicação das nossas políticas”.

Fonte: G1

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