Bolsonarista condenado a 6 anos por desvios no DNIT é investigado como mandante de bloqueio

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O empresário José Carlos Rozin foi um dos alvos da Operação Unlok, deflagrada pela Polícia Federal para investigar bolsonaristas por atos antidemocráticos em Dourados. Condenado a seis anos, quatro meses e 24 dias pelo desvio de R$ 34,7 milhões no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o bolsonarista é suspeito de ser o mandante do bloqueio na última sexta-feira (18), que terminou com um veículo incendiado.

O nome do empresário foi divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Campo Grande News. A PF e a Polícia Rodoviária Federal prenderam, na operação deflagrada no domingo (20), o motorista André França da Silva, 39, que seria proprietário da carreta que despejou os pneus para travar o tráfego de veículos nas BRs 163 e 463.

Dono de uma empresa de terraplanagem e locação de máquinas, Rozin faz parte de um grupo de aplicativo denominado “Dourados MS-BR-163”, formado por bolsonaristas inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) e responsáveis pelas manifestações por golpe militar para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro já deu duas declarações públicas condenando os bloqueios de rodovias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também determinou o uso da força pela polícia para desobstruir as rodovias em todo País.

O grupo tinha decidido interditar o trevo da Bandeira, em Dourados. No entanto, a maioria dos manifestantes ficou indignada com a estratégia de colocar fogo nos pneus. Um veículo Fiat Uno atravessou o bloqueio e acabou destruído pelo fogo. Rozin acabou ficando sozinho no local.

Rozin é um dos investigados pela PF como mandante dos atos antidemocráticos em Dourados. Ele foi condenado pelo juiz substituto Fábio Fischer, da 2ª Vara Federal de Dourados, em sentença publicada em maio deste ano.

Rozin foi condenado por integrar o esquema que teria desviado R$ 14 milhões – o valor atualizado chega a R$ 34,7 milhões – do DNIT na gestão de Marcelo Miranda Soares, avô do deputado estadual João Henrique Catan (PL). O ex-governador não foi condenado porque os crimes prescreveram devido à idade do político.

Rozin não se manifestou até o momento sobre a suspeita de ser mandante.

Bolsonarista condenado a 6 anos por desvios no DNIT é investigado como mandante de bloqueio
Empresário é suspeito de ser o mandante dos atos antidemocráticos em Dourados (Foto: Reprodução/Campo Grande News)

Fonte: O Jacaré

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