Líder indígena assume cargo em ministério e MS tem cinco representantes no governo Lula

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Com extensa atuação política em defesa dos povos originários, Lindomar Terena foi nomeado diretor do Departamento de Promoção da Política Indigenista da Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas. Com a nomeação, Mato Grosso Sul soma cinco representantes na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O estado tem a ministra de Planejamento, Simone Tebet (MDB), e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; também conta com Eloy Terena como secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígena e Fábio Trad (PSD), controlador-auditor da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo).

A nomeação de Lindomar foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (27). Ele foi secretário de Assuntos Indígenas em Miranda (MS), cacique da Aldeia Argola da Terra Indígena Cachoeirinha, durante 2 anos, e membro da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

Em discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), Lindomar denunciou o genocídio indígena por conta da omissão do Governo Federal. Além de questionar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o que tem sido feito para prevenir e punir crimes contra indígenas no Mato Grosso do Sul.

Lindomar Terena falou com O Jacaré sobre o que representa sua nomeação e seus objetivos no Ministério dos Povos Indígenas.

“Isso representa para nós, povos indígenas do Estado do Mato Grosso do Sul, um avanço importante. Agora, mais do que isso, a gente pode enquanto coletividade estar lutando para que a gente consiga formular e implementar políticas públicas para os povos indígenas, em especial de Mato Grosso do Sul, mas também para os povos indígenas do Brasil”, declarou Lindomar.

“Nosso papel será coordenar e articular junto com o ministério, com os entes federados, governadores, secretários dos estados, prefeitos, onde houver povos indígenas para que a gente possa, primeiramente, ouvi-los e visitar essas comunidades, detectar e ouvir deles qual é a política pública que vem ao encontro dos seus anseios”, concluiu.

Fonte: O Jacaré

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