Rodolfo Nogueira foi o único deputado de MS contra igualdade salarial entre homens e mulheres

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A lei N° 1.085/2023 que prevê equiparação salarial entre homens e mulheres, aprovada na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (4), contou com o voto contrário do parlamentar de Mato Grosso do Sul, Rodolfo Nogueira (PL), que foi o único do Estado a ser contrário à proposta. 

Ao Correio do Estado, Nogueira explicou que, embora tenha votado contra a lei que garante que mulheres e homens que desempenham a mesma função tenham o direito de receber o mesmo salário, ele não é contra a proposta, mas acredita que isso poderia prejudicar o empregador. 

Em nota, o deputado explica que discorda da multa prevista em caso de descumprimento da regra e alega que o projeto é prejudicial para o público feminino. Contudo, em sua argumentação, apenas aponta que o empregador terá que pagar uma multa 100 vezes maior que o salário mínimo. 

“Sou favorável à igualdade salarial entre homens e mulheres, não nego que o problema exista, porém questiono a solução proposta pelo projeto”, disse. 

E completou: “Uma multa de até 100 salários mínimos, na minha opinião, é extremamente desproporcional. Precisamos entender o lado dos empregadores que movimentam a economia do Brasil”, afirmou.

O deputado ainda destacou que olha a multa prevista como uma forma de coação do governo para que o empregador pague o mesmo salário para mulheres e homens que desempenham a mesma função. 

“Defendo a liberdade econômica, não podemos trazer esse tipo de pressão sob multa em cima dos empresários que geram receita para o país. O projeto deve ser melhor estudado e elaborado”, concluiu. 

OUTROS VOTOS 

Dos oito deputados federais de MS, cinco parlamentares foram favoráveis ao assunto. São eles: Camila Jara e Vander Loubet, do PT, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, e Luiz Ovando, do PP. 

O parlamentar Marcos Pollon, colega de partido de Rodolfo, não se manifestou e se isentou de votar no projeto. 

A lei é de autoria do presidente da República e conta com a assinatura da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves e do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. 

Na Câmara, a aprovação da proposta obteve 325 votos a favor e apenas 36 contrários, dos quais 24 foram votos de deputados do Partido Liberal (PL), o mesmo de Rodolfo. Agora, o projeto segue para apreciação do Senado. 

ENTENDA ALGUNS PONTOS DA NOVA LEI* 

  • Torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função
  • Amplia a multa em caso de descumprimento da lei 
  • Institui a publicação de relatórios de transparência salarial e remuneratória para empresas com mais de 100 empregados
  • Incrementa a fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória entre mulheres e homens;
  • Disponibilização de canais específicos para denúncias de discriminação salarial;
  • Fomento à capacitação e formação de mulheres para o ingresso, permanência e ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.

Fonte: Correio do Estado

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