Bolsonaristas tentam associar delatado como mandante da morte de Marielle ao PT

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Com a delação de Ronnie Lessa à Polícia Federal, que aponta o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão como um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, parlamentares bolsonaristas tentam associar o conselheiro ao PT.

O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) e o deputado Rodolfo Nogueira (PL) aderiram à narrativa sobre uma possível ligação de Brazão ao PT com base em uma foto nas eleições de 2014, quando o conselheiro, à época deputado estadual do MDB pelo RJ, tentava angariar votos para Dilma Rousseff.

A narrativa busca desvincular o suspeito de mandar matar Marielle do clã Bolsonaro, já que o conselheiro de 58 anos é apontado como líder de um poderoso grupo político da zona oeste do Rio, berço das milícias cariocas. Local com que a família do ex-presidente também teria vínculo.

Brazão foi deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, onde acumulou polêmicas e suspeitas de corrupção até ser afastado e, posteriormente, realocado como conselheiro do TCE-RJ.

Em 2011, chegou a ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por suposta compra de votos. Com liminar conseguida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele conseguiu manter o mandato.

Embora Brazão tenha apoiado a reeleição de Dilma, no ano seguinte o então deputado federal contou com o apoio de Flávio Bolsonaro para ser eleito ao cargo de conselheiro no Tribunal de Contas. À época, a bancada do PSOL tentou anular a sessão em que ele foi eleito.

A rixa entre Brazão e o PSOL, em especial com o ex-integrante Marcelo Freixo, é uma das linhas investigativas que atribuiu o assassinato de Marielle Franco a uma vingança política contra Freixo, conforme revelado pelo site The Intercept.

Em um vídeo publicado em 2022 pelo irmão de Domingos, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), membros da família Brazão aparecem ao lado de Flávio Bolsonaro em um trio elétrico participando da campanha para a reeleição de Jair Bolsonaro.

O nome de Domingos Brazão passou a ser revisitado com a delação do também ex-PM Élcio de Queiroz, preso em 2018, suspeito de envolvimento no crime.

Fonte: O Jacaré

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