Evangélicos começam a reagir contra o uso político de cultos; Bolsonarista é constrangido

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Candidato ao Senado por São Paulo, o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro Marcos Pontes (PL) pediu votos a evangélicos durante evento de comemoração aos 80 anos da Ordem dos Pastores Batistas de São Paulo.

Um fiel que acompanhava o culto criticou, aos gritos, o uso da cerimônia para a divulgação de campanhas eleitorais: “Está errado fazer isso aqui. Aqui é a casa do senhor. Isso aqui não é lugar de política. Vocês estão todos errados. Eu vim aqui prestar minha voz ao culto, não vim fazer isso”, disse.

O pastor que comandava a cerimônia ofereceu aos candidatos a possibilidade de se apresentarem: “Todos candidatos a uma função pública digam só o seu nome e o cargo que pretende”, disse.

Procurados pelo UOL, a equipe de campanha e a assessoria de Marcos Pontes não haviam se manifestado até a última atualização desta reportagem. Considerado decisivo, a busca pelo voto evangélico é um dos principais focos da campanha de Bolsonaro e seus apoiadores nas eleições deste ano.

Astronauta atrás de Márcio França

Marcos Pontes (PL) tem 13% das intenções de voto para o Senado pelo Estado e está atrás do ex-governador Márcio França (PSB), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida com 30%.

O astronauta entrou oficialmente na corrida no fim de julho, quando o também ex-ministro bolsonarista e candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que a candidatura de Pontes por sua chapa no Estado.

Pontes era uma das opções sugeridas por Bolsonaro para a vaga depois que o apresentador José Luiz Datena desistiu de pleitear o posto. Outros nomes ventilados foram os dos deputados federais Marco Feliciano e Carla Zambelli, ambos do PL.

Fonte: UOL

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