O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) decretou a prisão preventiva da idosa, de 62 anos, apontada pela Polícia Civil como a responsável por guardar 15 armas para uma facção criminosa, em Dourados (MS). Ao ser abordada, a suspeita acreditou que os policiais eram os bandidos e entregou a eles uma mala com pistolas de diversos calibres e revólveres.
Após meses de investigação, oficiais confirmaram que a idosa era responsável por guardar e entregar o armamento para os membros da facção. Com a decisão, a mulher e um jovem, de 20 anos, que também estava envolvido na organização, foram transferidos para prédios de Dourados, na tarde de quarta-feira (5).
As investigações apontaram que o grupo receberia uma nova remessa de armas, vindas do Paraguai, após as eleições brasileiras. O armamento ficaria na casa da suspeita até ser distribuído, seguindo determinações da facção. Ao g1, o delegado Erasmo Cubas informou que a idosa é mãe de um preso da Penitenciária Estadual de Dourados (PED), ligado à organização criminosa.
“A investigação sobre lugares que uma facção criminosa guardava armas tanto para crimes desenvolvidos na cidade, quanto para outros estados acontece desde 2021. Recebemos a informação de que um carregamento seria entregue após as eleições e ficamos de campana aguardando as movimentações”, esclareceu.
Confissão por engano
A Polícia Civil desencadeou, desde domingo (2), uma série de monitoramentos na residência da idosa. Na terça, a equipe percebeu a aproximação de um jovem na residência. Segundo as autoridades, o homem carregava uma mala. Ele parou em frente à casa investigada, e a idosa apareceu junto ao portão. Ela pegou a mala e, rapidamente, entrou na casa, de acordo com a polícia.
Na sequência, o jovem começou a caminhar pela rua como se estivesse fazendo a guarda do imóvel. Segundo a polícia, várias pessoas pararam na residência, de carro e moto, porém não levaram nada. A movimentação atípica alertou os policiais sobre o conteúdo da mala. Após determinação policial, a equipe foi até a residência.
Durante o contato inicial com a idosa, os policiais se passaram por criminosos, aponta a Polícia Civil. A idosa acreditou e levou os policiais até um quarto, onde estava a mala. “As quinze estão aí, eu já contei”, disse, sem saber que os homens se tratavam de policiais.
Quando percebeu que a ação se tratava de uma operação policial, a idosa disse que não tinha nada a ver com as armas, apenas guardava para o filho dela, detalha a Polícia Civil. Segundo as autoridades, dentro da mala havia dez pistolas de diversos calibres e cinco revólveres.
Fonte: G1