MPF cobra Ministério da Mulher sobre crimes contra crianças citados por Damares

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Após a ex-ministra do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos Damares Alves declarar a descoberta de supostos crimes sexuais cometidos contra crianças traficadas da Ilha do Marajó (PA) quando estava à frente da pasta, o Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) cobrou informações do Ministério da Mulher sobre as infrações e as ações feitas para combatê-las.

Em um culto da Igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, neste sábado (8/10), Damares utilizou uma fala emocionada baseada na defesa das crianças, na qual afirmou ter descoberto que “crianças brasileiras, de três, quatro anos, que quando cruzam as fronteiras sequestradas, os seus dentinhos são arrancados, para elas não morderem no sexo oral” e que só “comem comida pastosa para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”.

Na ocasião, Damares afirmou que diante do “horror” vivido contra as crianças, Bolsonaro se levantou para protegê-las e, por isso, vive “uma guerra espiritual” para ganhar as eleições deste ano.

Confira o momento em que Damares relata os crimes

As declarações não foram embasadas por provas e o assunto não havia sido comunicado, até então, pela pasta por meio oficiais. Em ofício encaminhado à secretária executiva do Ministério das Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Tatiana Barbosa de Alvarenga, o Ministério Público Federal solicitou informações sobre os casos “indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis”.

O órgão também pediu para a pasta elencar as providências tomadas ao descobrir os casos e se houve denúncia à Polícia ou ao próprio Ministério Público. No início da tarde, o Correio também questionou a pasta sobre a existência dos casos e as ações tomadas, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.

O mesmo questionamento foi feito para a Polícia Federal do Pará. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

“Saiam daqui e peguem o Whatsapp, falem com todo mundo, é guerra”

Após citar as descobertas e associar Bolsonaro a um possível combate das violências cometidas contra as crianças durante o culto em Goiânia, Damares disse aos fiéis que os conflitos vividos pelo chefe do Executivo não é algo político, mas espiritual.

“Bolsonaro disse ‘nós vamos atrás de todas elas’ e o inferno se levantou contra este homem. A guerra contra Bolsonaro que a imprensa levantou, que o Supremo levantou, que o Congresso levantou, acreditem, não é uma guerra política, é uma guerra espiritual”, declarou.

Fonte: Correio Braziliense

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