Moro abandona o Podemos, anuncia adesão ao União Brasil e admite desistir da eleição

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BRASÍLIA – O ex-juiz Sergio Moro (Podemos-PR) decidiu deixar o Podemos e vai assinar a ficha de filiação à União Brasil nesta quinta-feira (31).

O pré-candidato à Presidência da República está em São Paulo, para onde transferiu seu domicílio eleitoral. Ele se reunirá com o deputado Júnior Bozella (SP), presidente estadual do partido, e o coordenador de sua campanha, Luis Felipe Cunha.

Antes mesmo de ser homologada em cartório, a filiação já é alvo de questionamentos internos de uma ala da União Brasil que não quer que Moro saia candidato ao Palácio do Planalto pela legenda.

Moro vinha sendo pressionado no Podemos a desistir da candidatura presidencial. A presidente do partido, Renata Abreu (SP), dizia a aliados não estar disposta a investir financeiramente numa campanha à Presidência.

A decisão do ex-juiz de trocar de partido foi tomada em decorrência dessas sinalizações de Renata e pela avaliação de que o Podemos preferia investir em candidaturas locais.

Diferentemente do Podemos, a União Brasil tem um fundo eleitoral e partidário robusto, além de ter mais tempo de televisão.

Moro se filiou ao Podemos em novembro do ano passado dizendo ter o propósito de ser candidato ao Palácio do Planalto. Depois disso, após questionamentos de políticos de que ele poderia se candidatar a outro cargo, afirmou mais de uma vez que manteria a intenção de ficar na corrida presidencial.

O plano, entretanto, pode ser reformulado. Segundo o coordenador da campanha de Moro, o ex-juiz admite desistir de disputar a Presidência. A ideia é que ele debata com Bivar e decida em conjunto com o dirigente partidário a qual cargo será candidato.

Segundo a última pesquisa Datafolha, realizada na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ter recuperado um pouco de fôlego na corrida para o Palácio do Planalto e chegou a 26% de intenções de voto na disputa, que segue sendo liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 43%.

Empatados em terceiro lugar vêm Moro e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 6%), seguidos de perto por um pelotão de adversários.

Fonte: Julia Chaib, da Folhapress

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