Antes da estreia com vitória no Brasileirão, por 3 a 1 contra o Botafogo, no Rio, o clima no Corinthians era tenso, desde o primeiro jogo do time pela Libertadores, na última terça (5). O Timão perdeu para o Always Ready, da Bolívia, por 2 a 0, e na mesma noite torcedores dispararam, nas redes sociais, mensagens violentas contra jogadores e grandes ídolos do clube. Entre eles, o goleiro Cássio, campeão da América e do mundo com o Timão, em 2012, recebeu ameaças de morte. Veja todos os detalhes no vídeo acima.
A Polícia Civil identificou pelo menos 7 perfis que enviaram mensagens não só ao goleiro, mas também ao zagueiro Gil e ao atacante William. Entre os torcedores, há menores de idade, e pelo menos três deles já prestaram depoimento.
Algumas das mensagens nas redes sociais diziam:
“Ou ele sai do Corinthians, ou as consequências serão trágicas.”
E ainda:
“A vida de vocês se tornará um inferno, se depender de mim.”
Um jovem de 17 anos, em depoimento à Polícia, disse que “gosta muito do Corinthians”, mas que teria percebido “falta de vontade de jogar futebol de alguns jogadores, que não jogariam mais com raça, nem profissionalismo.” Nas redes, ele escreveu:
Sou 100% a favor de atos de vandalismo e agressão contra Cássio, Gil, Fábio Santos, Jô, Paulinho, Alessandro, Roberto de Andrade e Duílio. Quero muito ser um dos agressores, seria uma grande honra!!!
À Polícia, ele disse que se arrependeu das publicações na mesma noite. Na manhã seguinte ao jogo, apagou as mensagens.
Um torcedor que irá prestar depoimento nesta segunda (11), é um influencer com quase um milhão de seguidores nas redes. Na sexta-feira (8), três dias após a estreia na Libertadores, ele publicou um vídeo onde dizia “nós ama (sic) o Corinthians, tá ligado, diferente de alguns jogadores, diferente de alguns dirigentes aí. E vai continuar assim, mano, nem que a gente tenha que transformar a vida de vocês realmente num inferno e fazer vocês todos irem embora do Corinthians.”
Em São Paulo, além de responder pelo crime de ameaça, os torcedores podem ser denunciados por organização criminosa.
Fonte: G1