Tempo seco aumenta chance de incêndio e Corpo de Bombeiros explica tipos de focos

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Com a umidade relativa do ar baixa, calorão e sem previsão de chuva, o tempo seco favorece o aumento de focos de incêndios e queimadas urbanas nesta época do ano. Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) as chuvas ficarão entre 40 a 50% abaixo da média durante o trimestre de julho, agosto e setembro. O capitão Carlos Saldanha, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, explicou sobre o assunto para o JD1.

“É normal que as pessoas confudam os focos de calor, incêndio e queimada, contudo, são três coisas diferentes”, começa explicando o Capitão. Segundo ele, o foco de calor consiste em qualquer temperatura acima de 47 graus detectada pelo satélite, que tenha 30 metros de frente, sendo relativo, já que não é necessáriamente um incêndio.

Tempo seco aumenta chance de incêndio e Corpo de Bombeiros explica tipos de focos

Ainda segundo capitão do Corpo de Bombeiro, o foco de incêndio é o fogo sem controle, podendo ser desde um fogo pequeno ou um fogo grande; que se não tem controle, passa a ser considerado como incêndio. Já o foco de queimada, se refere ao fogo autorizado, sendo o fogo controlado.

“No foco de queimada o proprietário rural pede autorização para o Imasul para poder limpar o pasto, seja de cana, folhagem, etc. Ele pode fazer isso perante a lei ambiental, que o assegura”, explicou ao JD1.

Nos gráficos, disponíveis no site da INPE, é possivel observar a média de focos de calor no Estado. Em junho MS registrou 191 casos, sendo abaixo da média que seria 282. Vale ressaltar que o Estado já chegou a registrar 557 casos no ano de 2005, sendo a máxima já alcançada.

“Em meio a área urbana, 95% das ocorrências de incêndio em terrenos baldios, que é o nosso “carro chefe”, é em decorrência da população, que ainda coloca fogo na área. Mas o pior dos casos, é quando colocam fogo em lixos, pois não sabemos o que está queimando nele. Quando se queima plástico ou outros resídos, por exemplo, são emitidos alguns gases que são nocivo para à saúde”, afirmou.

De acordo com o capitão, entre o mês de janeiro a junho, MS segue a mesma média, e só a partir do mês de julho, quando inicia o inverno, sendo ele seco e com umidade relativa do ar baixa, que mudanças acontecem. “Já em agosto, pelo fato dos ventos fortes, temos uma incidência maior de focos de calor registrados. A partir de junho são os incendios mesmo, uma vez que o governo suspende as autorizações, como neste ano, que foi suspenso do dia 8 de junho e seguirá até 31 de dezembro”, disse ele sobre o ‘pico’ do Estado ser de agosto a setembro.

Inverno 

O inverno chegou no dia 21 de junho e segue até o dia 22 de setembro, este ano, com índices menores de chuva e queda na umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul, fatores que contribuem para o aumento de incêndios florestais, impactando na biodiversidade do Estado e na qualidade do solo.

Conforme o Cemtec, a média climatológica para o trimestre de julho, agosto e setembro, revela que as chuvas devem variar entre 50 a 300 mm em grande parte do Estado. Nas regiões do Bolsão e Pantanal a variação será de 50 a 100 (mm) e no Cone-Sul de 200 a 300 (mm).

A previsão também indica a continuidade da La Ninã neste período, o que provavelmente vai influenciar nas condições do tempo, podendo favorecer um inverno mais rigoroso do que o normal, em função da incursão mais frequentes de massas de ar fria.

Fonte: JD1 Notícias

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